"O mundo gira, a vida muda, a fila anda..." Deise Batista

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Peito aberto!

Esqueci a angústia da ausência
O desespero da incerteza
O desprezo da partida.


Esqueci o desamor das idas e vindas
O dissabor das mentiras
A entrega inocente sempre, unilateral.


Esqueci a correira pelas ruas, à procura
Os sacrifícios grandes e pequenos, sem retorno
O que achava ser amor e era engano.


Lembrei de mim e...ah...como foi bom!
Olhei pra mim e revirei por dentro o que sobrou


E era tanto o que ainda tinha
É tão grande o meu ser por dentro!


O alimento da alma fez brotar em mim mulher mais forte
Venci o desejo de morte
Entrei na vida, com o peito aberto
Joguei fora o que era incerto
E me vi feliz!!


Eu que nunca acreditei em felicidade
Hoje sorrio de mim, redescobri o ar!
De tão bonita, me vejo voar
Entre braços, beijos e o olhar
De alguém que, realmente, vale á pena!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Mulher de Azul


Autor: Paulinho Batista

Em uma tarde dançante;

Que em noite se transformaria;
Aquela gente elegante;
Girava com harmonia;
Os homens se entreolhavam;
E as mulheres sentadas aguardavam;
O chamado do dançarino;
Para encherem o salão de poesia.

No alto, em sua mesa;
Um cavalheiro fitava;
A mulher de rara beleza;
Que com seu longo vestido azul;
Sozinha pelo salão girava,girava,girava.

Para tão nobre cavalheiro;
Enriquecido pela educação;
E não só pelo dinheiro;
Uma mulher tão formosa;
Merecedora de verso e prosa;
Não merecia tal solidão;
E para salva-la interveio.

Por que dança só nobre dama;
Desci para te dar minha mão;
Aceite esse meu convite;
E seja meu par no salão;

A nobre dama altiva;
Carregando nos olhos emoção;
Disse sou comprometida;
De memória e coração;

É este o mesmo vestido;
Que por último dancei;
Como meu amado marido;
E já que te revelei;
Espero que então entenda;
Que sou a última prenda;
De meu falecido rei.

Esclarecido estava;
Aquele doce historia;
Aquela mulher ainda amava;
Seu amor e sua memória.