"O mundo gira, a vida muda, a fila anda..." Deise Batista

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Viadutos de gente!




Pés embaralhados pelas ruas

Pessoas que se esbarram e não se vêem.

Dezenas, centenas, milhares
Todo santo dia!
Não vejo um décimo das pessoas pelas quais passo
Com as quais, às vezes, apenas troco olhares.
Não são mais os mesmos dias dos cumprimentos nas calçadas
Da vida sem pressa, da vida com graça.
A frase que mais me chamou a atenção nos últimos dias
Mudou o ritmo humano dos andares
Nos dias de hoje, dias urgentes
Não há mais passarelas
Há viadutos de gente!

sábado, 24 de março de 2012

Clarões


Se bem me lembro
Era um dia assim, clarões no céu, 
uma chuva anunciando sua chegada.
Se bem me lembro
Não era quase nada.
A alma, às vezes estranha um barulho incontrolável no céu
Se este, está longe demais do seu alcance...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Peito aberto!

Esqueci a angústia da ausência
O desespero da incerteza
O desprezo da partida.


Esqueci o desamor das idas e vindas
O dissabor das mentiras
A entrega inocente sempre, unilateral.


Esqueci a correira pelas ruas, à procura
Os sacrifícios grandes e pequenos, sem retorno
O que achava ser amor e era engano.


Lembrei de mim e...ah...como foi bom!
Olhei pra mim e revirei por dentro o que sobrou


E era tanto o que ainda tinha
É tão grande o meu ser por dentro!


O alimento da alma fez brotar em mim mulher mais forte
Venci o desejo de morte
Entrei na vida, com o peito aberto
Joguei fora o que era incerto
E me vi feliz!!


Eu que nunca acreditei em felicidade
Hoje sorrio de mim, redescobri o ar!
De tão bonita, me vejo voar
Entre braços, beijos e o olhar
De alguém que, realmente, vale á pena!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Mulher de Azul


Autor: Paulinho Batista

Em uma tarde dançante;

Que em noite se transformaria;
Aquela gente elegante;
Girava com harmonia;
Os homens se entreolhavam;
E as mulheres sentadas aguardavam;
O chamado do dançarino;
Para encherem o salão de poesia.

No alto, em sua mesa;
Um cavalheiro fitava;
A mulher de rara beleza;
Que com seu longo vestido azul;
Sozinha pelo salão girava,girava,girava.

Para tão nobre cavalheiro;
Enriquecido pela educação;
E não só pelo dinheiro;
Uma mulher tão formosa;
Merecedora de verso e prosa;
Não merecia tal solidão;
E para salva-la interveio.

Por que dança só nobre dama;
Desci para te dar minha mão;
Aceite esse meu convite;
E seja meu par no salão;

A nobre dama altiva;
Carregando nos olhos emoção;
Disse sou comprometida;
De memória e coração;

É este o mesmo vestido;
Que por último dancei;
Como meu amado marido;
E já que te revelei;
Espero que então entenda;
Que sou a última prenda;
De meu falecido rei.

Esclarecido estava;
Aquele doce historia;
Aquela mulher ainda amava;
Seu amor e sua memória.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

POSSIBILIDADE



Outros olhos
Outra boca
Outras mãos
Outros sonhos.
Novos ares
Novos gestos
Novos projetos.
Antigos preconceitos
Antigos medos.
Velhos dilemas
Velhos paradigmas.
Eu de novo
Esperança em punho
Cega no abismo.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sem peso...


Ah, o coração! A vida inteira bate, apanha e surpreende!!!

É impressionante a capacidade que o coração tem de nos enganar. Sim, enganar!
Coração é tudo, menos cauteloso.

Fácil de ferir, quebra com facilidade, infla-se de mágoas, amores, ódios...
"Coração...terra que ninguém anda".

Feliz, vejo meu coração absolutamente livre, limpo, renovado e sem peso!

Nunca imaginei ver meu coração sem o cinza do cimento que quase o enterrou,
E perceber a leveza do meu sorriso
Vindo diretamente dele
Alegra-me a alma.

Iniciar um novo ano com um coração livre de amarras, leve e solto
Faz de mim uma mulher com esperanças renovadas
Desejos refeitos
Novas expectativas 
E pele boa!

Quero novamente caminhar na areia, olhando o mar, sem pretensões
Estou pronta para vento nos cabelos
Gotas de chuva em forma de música, no telhado ou na janela.

E o melhor de tudo: a cada dia me sinto mais bonita
Nada torna uma mulher mais linda do que um coração novo
E o meu acaba de sair do forno, onde se perdeu por anos.

Mas, como todo cristal, quanto mais calor, mais beleza,
Mais adquire leveza!