"O mundo gira, a vida muda, a fila anda..." Deise Batista

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Mulher de Azul


Autor: Paulinho Batista

Em uma tarde dançante;

Que em noite se transformaria;
Aquela gente elegante;
Girava com harmonia;
Os homens se entreolhavam;
E as mulheres sentadas aguardavam;
O chamado do dançarino;
Para encherem o salão de poesia.

No alto, em sua mesa;
Um cavalheiro fitava;
A mulher de rara beleza;
Que com seu longo vestido azul;
Sozinha pelo salão girava,girava,girava.

Para tão nobre cavalheiro;
Enriquecido pela educação;
E não só pelo dinheiro;
Uma mulher tão formosa;
Merecedora de verso e prosa;
Não merecia tal solidão;
E para salva-la interveio.

Por que dança só nobre dama;
Desci para te dar minha mão;
Aceite esse meu convite;
E seja meu par no salão;

A nobre dama altiva;
Carregando nos olhos emoção;
Disse sou comprometida;
De memória e coração;

É este o mesmo vestido;
Que por último dancei;
Como meu amado marido;
E já que te revelei;
Espero que então entenda;
Que sou a última prenda;
De meu falecido rei.

Esclarecido estava;
Aquele doce historia;
Aquela mulher ainda amava;
Seu amor e sua memória.

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