Autor: Paulinho Batista
Em uma
tarde dançante;
Que em
noite se transformaria;
Aquela
gente elegante;
Girava com
harmonia;
Os homens
se entreolhavam;
E as
mulheres sentadas aguardavam;
O chamado
do dançarino;
Para
encherem o salão de poesia.
No alto,
em sua mesa;
Um
cavalheiro fitava;
A mulher
de rara beleza;
Que com
seu longo vestido azul;
Sozinha
pelo salão girava,girava,girava.
Para tão
nobre cavalheiro;
Enriquecido pela
educação;
E não só
pelo dinheiro;
Uma mulher
tão formosa;
Merecedora
de verso e prosa;
Não merecia
tal solidão;
E para salva-la
interveio.
Por que
dança só nobre dama;
Desci para
te dar minha mão;
Aceite
esse meu convite;
E seja meu
par no salão;
A nobre
dama altiva;
Carregando
nos olhos emoção;
Disse sou
comprometida;
De memória
e coração;
É este o
mesmo vestido;
Que por
último dancei;
Como meu
amado marido;
E já que
te revelei;
Espero que
então entenda;
Que sou a
última prenda;
De meu
falecido rei.
Esclarecido
estava;
Aquele doce
historia;
Aquela
mulher ainda amava;
Seu amor e
sua memória.
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